Por mais uma tarde, os preços da soja intensificaram suas baixas na Bolsa de Chicago e, perto de 13h45 (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 9,75 e 11,50 pontos nos principais vencimentos. O julho tinha US$ 10,41 e o setembro, US$ 10,12 por bushel.
O mercado, segundo analistas e consultores, segue pressionado pela combinação da guerra comercial e da nova safra dos Estados Unidos em andamento. “O clima nos Estados Unidos favorece a aceleração do plantio e o mercado agora se atenta a evolução da safra norte-americana”, afirma o time de analistas da Pátria Agronegócios.
Os números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no início da semana mostravam 18% de área plantada, número acima da média das últimas cinco safras e indicando um bom avanço dos trabalhos de campo.
“Os prognósticos climáticos do modelo GFS, atualizado nesta manhã, seguem apontando clima seco para o norte e oeste do cinturão do milho ao longo dos próximos 10 dias. Acumulados leves são previstos na região central do Corn Belt (Illinois e Missouri), bem como volumes leves a moderados nas planícies sul (Oklahoma e Texas) e na região do Delta (Arkansas, Mississippi e Louisiana)”, informa o Grupo Labhoro.

Além das questões climáticas e da nova safra norte-americana, o financeiro ainda pesa severamente sobre as commodities de uma forma geral.
“A oleaginosa lidera as perdas diante da forte contração do PMI industrial da China em abril, reflexo das tarifas americanas de 145%. O enfraquecimento da economia global e dos EUA, agravado pelas barreiras tarifárias, adiciona um viés negativo aos mercados de commodities”, afirma o diretor geral da consultoria, Ginaldo Sousa.
Os futuros da soja em grão acompanham ainda as perdas de mais de 1% entre os preços do óleo de soja.
Fonte: Notícias Agrícolas
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