O Sindicato das Indústrias de Panificação do Rio Grande do Sul (Sindipan-RS) calcula um aumento aproximado de 12% no valor dos produtos fornecidos pelo setor desde o começo de abril. A estimativa era de um reajuste entre 10% e 20%.
Conforme o presidente da entidade, Arildo Bennech Oliveira, o impacto ocorreu em função do atual preço do trigo, em grande parte importado, além dos reajustes que ocorreram nas demais matérias primas da cadeia produtiva, como óleo de soja, margarina e farinha de milho, por exemplo. O aumento no custo da energia elétrica também foi elencado pelo Sindipan-RS.
Oliveira frisa que o valor do quilo do pão francês oscila hoje entre R$ 7 e R$ 11. O preço depende do segmento e da localização do estabelecimento. O sindicato reforça que estabelecimentos informais, que vendem o produto final mais barato, são responsáveis por parte do encarecimento nos estabelecimentos formais. “Eles não gastam com ar condicionado, com transporte e logística. Ai a gente sai perdendo”, ressalta o presidente.
O cenário também é semelhante no Paraná, onde o valor do trigo é mais barato, mas não têm refletido na baixa do preço do pão. O grão sofreu desvalorização de 26% em 12 meses quanto às padarias registraram alta de 2% no valor do pãozinho, no mesmo período.
Ainda segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o quilo do pão terminou o mês de março com preço médio de R$ 8,10 no comércio em Curitiba. O desequilíbrio ocorre, pois o Brasil produz apenas metade do trigo utilizado para produzir pães. A outra metade é importada e amarga com à valorização do dólar impactado diretamente no bolso do consumidor brasileiro.
Os dois estados produzem juntos quase 90% do trigo nacional. Segundo a Conab, na safra de 2014 o Paraná colheu 3,79 milhões de toneladas e o Rio Grande do Sul 1,51 milhão de toneladas.
Fonte: Agrolink
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