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rosario2Nesta sexta-feira (24), o mercado internacional da soja dá continuidade ao movimento positivo na Bolsa de Chicago e, por volta das 7h30 (horário de Brasília), os principais vencimentos subiam pouco mais de 4 pontos. Entre os mais negociados, somente o novembro/14 ainda trabalhava abaixo dos US$ 10,00 por bushel, mas já se aproximava desse patamar, cotado a US$ 9,98. O maio/15, referência para a safra brasileira, valia US$ 10,18. Assim, os preços buscam registrar os melhores níveis em 14 meses, segundo a agência internacional de notícias Bloomberg.

As especulações climáticas, cada vez mais voltadas para a seca e o atraso do plantio no Brasil, aliadas à demanda forte e a um movimento de compras de posições por parte dos fundos tem sido os fatores que se unem para dar o tom positivo aos negócios. Ontem, o mercado fechou a sessão com mais de 30 pontos de alta nas primeiras posições, com números impressionantes das exportações norte-americanas divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

No Brasil, os preços também têm avançado, uma vez que, além das boas altas que vêm sendo registradas em Chicago, o mercado interno ainda conta com uma boa alta do dólar frente ao real e mais os prêmios que continuam subindo nos portos brasileiros contribuindo para a composição dos valores.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Soja dispara e volta a fechar acima dos US$ 10 por bushel

A demanda muundial por soja vem ampliando a exposição de seu potencial e os preços têm refletido esse movimento. Na sessão regular desta quinta-feira (23), os vencimentos mais negociados na Bolsa de Chicago fecharam o dia subindo entre 27,50 e 30,75 pontos e, com exceção do contrato novembro/14, os demais encerraram o pregão na casa dos US$ 10,00 por bushel, registrando os melhores níveis em cinco semanas.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou, nesta quinta, mais uma venda de soja em grão para a China, nesse caso de 118 mil toneladas com entrega na safra 2014/15. Na quarta, o departamento reportou outras duas vendas, as quais totalizaram mais de 500 mil toneladas, sendo a maior parte para a nação asiática.

Ainda nesta quinta, o departamento norte-americano trouxe números impressionantes sobre as vendas semanais para exportação do país. Na semana que terminou em 16 de outubro, as vendas somaram 2.169,7 milhões de toneladas e ficaram muito acima das expectativas do mercado, que apostavam em 900 mil toneladas. O volume supera ainda as vendas da semana anterior, que foram de 935 mil toneladas.

Assim, no acumulado do ano comercial 2014/15, o total de soja comprometido nos EUA é de 32.773,5 milhões de toneladas, ou seja, excepcionais 73% do estimado pelo USDA para ser exportado nessa temporada de 46,270 milhões de toneladas. O ano comercial, no entanto, só se encerra em 31 de agosto de 2015.

Esse quadro é complementado por produtores norte-americanos segurando suas vendas, mesmo diante desses preços melhores, e de uma colheita muito atrasada no Meio-Oeste dos EUA. Segundo explica o analista de mercado Mário Mariano, da Novo Rumo Corretora, aproximadamente 60% do que já está vendido de soja nos Estados Unidos tem preço acima dos US$ 11,05 por bushel e ao redor de 20 a 25% têm valor próximo de US$ 10,60.

“O fato de ter uma colheita lenta e uma demanda constante fizeram com que o mercado tivesse uma rara oferta nova. A demanda está presente nos Estados Unidos em um momento em que não são volumosas as vendas disponíveis para o mercado e, portanto, seria possível observarmos uma reação dos preços por conta dessa demanda momentânea”, afirma Mariano. “A relevância da alta dos preços, não só pelo clima, mas também pela lentidão de vendas por parte dos produtores fez com que o mercado avançasse, não só na bolsa, mas também no mercado físico americano. Essa combinação de fatores momentâneos está trazendo o mercado um pouco mais aquecido nos últimos dois ou três pregões”, completa.

Com isso, os prêmios no mercado físico norte-americano estão bem mais aquecidos do que no futuro, principalmente nas regiões onde estão instaladas as indústrias do país. “Há falta de vendas e as compras estao mais aquecidas”, diz o analista.

Mariano explica ainda que o movimento técnico que vem sendo observado, não só no mercado futuro da soja em grão, mas também entre os derivados, como farelo e óleo, também é positivo. Os fundos estão muito presentes, estão comprando bons volumes de ambos os produtos e alavancando, imediatamente, o grão.

Para Carlos Cogo, da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica, a questão dos fundos é a que complementa os fundamentos e, nesse momento, ajuda a intensificar ainda mais o movimento de alta das cotações. O consultor explica que, com incertezas sobre a economia norte-americana e à espera da posição do Federal Reserve sobre o estímulo monetário nos Estados Unidos, os investidores estão se voltando para as commodities agrícolas, principalmente sobre os grãos, buscando fazer lucro fácil e rápido.

“Os fundos voltaram à Bolsa de Chicago e há um grande potencial especulativo, mesmo as commodities sendo ativos de maior risco. Em outubro, a presença desses fundos foi muito expressiva e a demanda veio em busca de aproveitar esses recentes preços mais baixos”, explicou. Entretanto, Cogo alerta para a fragilidade de movimentos como esse. Para o consultor, o mercado pode ver esse interesse momentâneo dos fundos se dissipando à medida em que novas informações vão se concretizando e ficam somente os fundamentos da demanda como fator de sustentação dos preços, o que pode fazer com que esse patamar dos US$ 10,00 se perca novamente. Mas, ao mesmo tempo, afirma que os preços mais próximos dos US$ 9,00 ficam cada vez mais distantes da realidade do mercado.

Mercado interno, dólar e prêmios

No mercado interno, os preços da soja subiram expressivamente nesta quinta-feira (23). As cotações da oleaginosa acompanharam o forte avanço na Bolsa de Chicago e ainda observaram uma boa alta do dólar frente ao real e prêmios positivos complementando o quadro. Assim, no porto de Paranaguá, a soja com entrega maio/15 foi a R$ 61,00 e fechou o dia com alta de 1,67%. Em Rio Grande, o produto futuro ficou em R$ 62,50 por saca e o disponível encerrou os negócios a R$ 64,00.

A moeda norte-americana, nesta quinta, subiu mais de 1% e foi a R$ 2,51, atingindo maior valor desde abril de 2005, quando ficou em R$ 2,52, segundo informações da agência de notícias Reuters. Um dos principais fatores de estímulo ao dólar foram as especulações sobre a pesquisa Ibope, a qual mostrou uma boa vantagem de Dilma Rousseff sobre Aécio Neves na corrida presidencial.

Nos portos, os prêmios se mantêm positivos e, para as entregas fevereiro e março/15, os valores chegam a registrar, em alguns terminais, de US$ 1,25 e US$ 1,28 sobre os valores praticados em Chicago, ainda de acordo com Carlos Cogo. Em Paranaguá, para março/15 esse valor é de 82 centavos de dólar e, para maio, 60 cents.

“Com isso, os preços da soja em algumas posições já superam os US$ 11,00 por bushel. Esse quadro e mais um dólar de R$ 2,51 cria momentos interessantes para o produtor brasileiro, que ainda está retraído nas vendas”, diz o consultor. Para Cogo, o momento atual pode criar boas oportunidades de comercialização para o sojicultor que deseja travar parte de suas vendas e a principal orientação continua sendo para que ele não deixe de travar seus prêmios.

No mercado disponível, com essa alta acumulada de 8,5% da soja no mercado futuro americano em outubro, os preços ficaram perto dos R$ 61,00/saca no oeste do Paraná e norte do Rio Grande do Sul. Em Barreiras, na Bahia, houve oferta de compra de soja a R$ 55,00. Em Campo Novo do Parecis, em Mato Grosso, a alta foi de 0,93% e o preço ficou em R$ 54,50 e em Londrina/PR, R$ 58,00, com ganho de 0,87%.

Fonte: Notícias Agrícolas